“Quando nada parece dar certo, vou ver o cortador de pedras martelando sua rocha talvez 100 vezes, sem que uma única rachadura apareça. Mas na centésima primeira martelada a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que conseguiu isso, mas todas as que vieram antes.”
Jacob Riis
(Extraído do acervo de pensamentos do Sr. Euclides)
Filho do Sr. Martim Freire (comerciante) e da Dona Bastinha (do lar), nasceu em 16 de abril de 1935 em Cabedelo, município da Região Metropolitana de João Pessoa, no estado da Paraíba.
Quando ainda muito jovem, com cerca de 8 anos de idade, já ajudava seu pai em sua mercearia de secos e molhados. Ele contava que uma das suas tarefas era encher garrafas de aguardente. Como era necessário sugar uma mangueira para retirar o líquido do barril, às vezes acidentalmente acabava ingerindo uns goles do aguardente.
Aos 16 anos, ingressou para a Marinha do Brasil. Sempre teve muito orgulho em poder servir a pátria. Se especializou em motores (MO), tornando-se um grande apaixonado pela mecânica. Sempre executou seu trabalho com excelência.
Numa determinada ocasião, por volta de 1972, teve problema no motor do seu Aero Willys. A solução que ele encontrou foi desmontar todo o motor do carro para então resolver o problema em definitivo.
Sempre foi muito romântico e apaixonado. Mesmo morando no Rio de Janeiro e viajando muito por águas marítimas os dois sempre se falavam através de cartas. Eram cartas enormes e que só fez aproximar os dois até que se casaram.
Esse amor perdurou por toda sua vida. Juntos tiveram 2 filhos.
Tinha uma grande paixão pelos seus filhos, apesar de ser um cara durão e pouco demonstrar.
Costumava viajar por meses à trabalho e numa dessas viagens ao retornar, o filho mais novo, Paulo, ainda muito novo, chegou a estranhar o próprio pai.
Havia nele uma busca em educar seus filhos da melhor forma possível, seja matriculando em boas escolas ou colocando para realizar cursos extras como piano, violão e inglês.
A Marinha do Brasil, precisava compor um seleto quadro de novos profissionais para atuar na CNBE (Comissão Naval Brasileira na Europa). A missão era atuar no segmento de gestão de peças de reposição para as fragatas inglesas que a Marinha havia comprado.
O Sr. Euclides foi um dos selecionados e ainda pode levar seus familiares. Permaneceu lá durante 2 anos. Foi uma experiência incrível para todos os membros da família. Foi fundamental também para a educação de seus filhos que puderam ter uma nova visão de mundo.
Tinha o hábito de ler muito, buscando aumentar o seu conhecimento. Nos 2 anos em que serviu em Londres, sempre que podia aproveitava seu tempo livre para planejar viagens pela Europa.
Assim, junto com a família, viajou por diversos países como: Portugal, França, Holanda, Bélgica, Suíça, Alemanha, Itália, etc. Além de passeios frequentes pelo o Reino Unido.
Após alguns anos na reserva (aposentadoria) pela Marinha de Brasil, resolveu voltar ao mercado. Com toda sua bagagem de conhecimento em motores de navios, caldeiras e máquinas em geral, rapidamente se realocou. A Fronape (Petrobras) passou a contar com mais um grande profissional em seu quadro. O Sr. Euclides sempre presou pela qualidade e seriedade em seu trabalho.
Na Fronape (Petrobras), trabalhou arduamente para garantir o pleno funcionamento dos motores a bordo do navio Jacuí. Eram viagens longas que duravam de 90 a 120 dias (ida e volta).
O navio tinha como destino, lugares incríveis como: Japão, Egito, Singapura, etc.
Assim, teve o privilégio de realizar o sonho de visitar as pirâmides do Egito, um lugar enigmático que sempre despertou nele a vontade de conhecer de perto.
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